REFORMA ÍNTIMA SEM MARTÍRIO
1. O que é Reforma Íntima?
É o ato de revermos nossos traços de caráter, que repetimos através das nossas várias existências, impulsionando a mudança de nosso comportamento e nossa melhoria espiritual.
2. Ela é autopunição?
Não. Ela é reeducação. É a prática renovadora do bem.
Ermance Dufaux em Reforma Íntima sem Martírio nos diz:...“Para levar o homem ao aprimoramento, o autodescobrimento exige uma nova ética nas relações consigo e com a vida: é a ética da transformação, sem a qual a incursão no mundo íntimo pode estacionar em mera atitude de devassar a subconsciência sem propósitos de mudança para melhor”.
3. Por que eu devo fazer a Reforma Íntima?
Porque ela é uma proposta de plenitude e não de derrotismo. Tem a finalidade de fazer luz para varrer as sombras e não ao contrário. É a formação do homem de bem, dando ênfase às virtudes e não nos vícios. É um processo libertador da consciência, onde damos fim a batalha EGO – Consciência, não vencendo o ego, mas conquistando-o.
4. O que ela nos propicia?
A construção gradativa de valores e solidificação de qualidades eternas. A formação do homem de bem.
“Assim como o corpo não extirpa partes adoecidas, mas procura harmoniza-las ao todo, a alma procede seu crescimento do princípio de “reaproveitamento” de todas as experiências infelizes” (Reforma Íntima sem Martírio pág. 25)
Precisamos atentar para:
• A Reforma Íntima não deve ser entendida como contenção de impulsos inferiores
• Não existe Reforma Íntima sem dor
• Cuidado para não se criar a cultura do martírio e da tormenta
• Cuidado para não se criar a cultura do martírio e da tormenta
• Apenas evitar o mal não adianta. É preciso praticar o bem
• Cuidado para não se criar a “neurose da santificação”
5. Quais as principais dificuldades que encontramos?
Negação - Nem sempre assumimos as nossas dificuldades, negando nossas implicações, não admitindo nossas dificuldades.
Projeção - Apontamos no outro aquilo que não conseguimos enxergar em nós.
Traços de Caráter - O nosso "jeito de ser" no mundo. Faz com que fiquemos aprisionados a padrões repetitivos de comportamento.
6. Como fazer?
Precismos ter foco positivo. Em que estou melhorando?
Ermance Dufaux nos diz que devemos falar do homem novo e não do homem velho que supervaloriza às imperfeições morais. Os chamados “Hipocondríacos da Alma”. Ela nos diz: “Não sejas demasiadamente severo contigo”. (Ermance)
Reformar-se está além do controle, da educação, da disciplina e do desenvolvimento de qualidades inatas. É tomar a consciência de “si mesmo”, da “perfeição latente” a qual nos destinamos. É peregrinar pelos “vales sombrios” da nossa intimidade, criando um senso critico que promoverá a formação da nossa autoconsciência.
Construiremos o homem de bem com a melhoria íntima, pelo processo de conscientização e não pelas dores decorrentes de cobranças e conflitos interiores que causam pane na vida mental.
O espírito de verdade em resposta a perg. 918 do Livro dos Espíritos, de Kardec nos diz: “ o verdadeiro homem de bem é aquele que pratica a lei da justiça, de amor e caridade na sua mais completa pureza” .
Portanto, o homem de bem é aquele que não discrimina, não se envaidece, não abusa de sua autoridade. É indulgente para com as fraquezas alheias. Não é vingativo. Perdoa. É possuído pelo sentimento de amor e caridade. É benevolente. Faz o bem sem esperar recompensa e respeita o outro como gostaria de ser respeitado.
7. Como podemos conhecer a nós mesmos?
Resposta do Livro dos Espíritos a perg. 919:
- Interrogar a consciência – Fazer revisão diária
- Não negligenciar a opinião dos inimigos
- Perguntar-nos: se Deus chamar-me este momento, ao entrar no mundo dos Espíritos, onde nada é oculto, teria eu de temer olhar alguém?
Em resumo, sejamos o melhor que pudermos ser hoje. Sejamos tolerantes e pacientes com nossos irmãos. Exercitemos o perdão e o auto-perdão e então a paz e a harmonia vibrará em nossos corações.
Guaraciara Maia
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